Por quê querem acabar com a
Praça São Crispim na Lapa?
Uma das poucas áreas verdes da Lapa !
Piscinões promovem desvalorização da área, interrupção do tecido urbano, desvios da malha viária e ainda preocupam a população do entorno, com as mazelas sanitárias decorrentes do acúmulo de água parada, por grandes períodos de tempo, a falta de manutenção.
Os piscinões são apenas uma das possibilidades de se conter parcialmente as torrentes de água, os alagamentos e eles
funcionam melhor em áreas de várzea, de inundação,
como as que acontecem na Rua Guaicurus por exemplo, o que não é o caso da Praça São Crispim na Lapa.
Por quê nossa cidade é tão impermealizada?
Considerando que a cidade de
São Paulo está impermeabilizada, sofrendo enchentes, sobretudo agora na época
da primavera/verão, quando o aumento das chuvas é intenso.
Por que construir mais piscinões, se estão ultrapassados e temos pesquisas acadêmicas que comprovam sua ineficiência !
Por que temos tantas enchentes ?
Considerando que a água não
tem vazão e as galerias estão cheias de lixo, por falta de uma política
afirmativa de educação ambiental, inter e transdisciplinar, para que os resíduos
tenham uma destinação e descarte correto, e não entupam galerias;
Por que tem tanto lixo nas galerias ?
Pedimos que possamos dialogar e propor ações afirmativas em conjunto com
as empresas que venceram as outorgas onerosas;
Precisamos dialogar !
Vamos apresentar proposituras sobre drenagem
dos arquitetos e arquitetas.
Desejamos que o nosso bairro seja permeável, que absorva
as águas torrenciais das chuvas, e pedimos que a Prefeitura nos ouça,
sobretudo escute os arquitetos da Escola da Cidade, que são capacitados, competentes
para mostrar outras possibilidades e mostrar um projeto compatível com o nosso bairro
Queremos conhecer o
cronograma, os impactos e sobretudo temos direito de expressar as nossas vontades!
Queremos ser ouvidos!
Somos a
população e temos propostas qualificadas
de arquitetos e arquitetas sobre drenagem, que causaram menos impacto nas áreas
dos piscinões;
A Prefeitura lançou uma Parceria Publico Privada, para a construção de 5 piscinões em áreas verdes, praças, da cidade.
Uma delas é a praça São Crispim na Lapa, localizada entre a R. Tito e a Av.
Ricardo Medina Filho.
No projeto, haverá a concessão da praça para uma empresa
privada por um período de 33 anos.
Um piscinão equivale à destruição de 3 mil
metros quadrados de área verde, e para sua construção é necessário que toda a
praça seja destruída. E o que virá no lugar? A exemplo do piscinão do Pacaembu
ou do da Av. Pompéia X Av. Francisco Matarazzo, uma área asfaltada ou com uma
plantação que certamente nem se compara com a original.
A praça São Crispim engloba duas praças, dois
ponto de ônibus, rua, playground, entorno residencial em um ambiente recreativo
para os moradores da região e há uma seringueira e outras árvores que
certamente não terão mais espaço para viver e nem serão recolocadas.
A empresa terá de se comprometer a colocar uma
guarita de vigilância (além de câmeras) para vistoriar quem vai entrar na
“praça” que haverá em cima do piscinão (assim como no piscinão da Pompéia).
O
que temos aqui é uma obra que é considerada por muitos cidadãos e cidadãs, arquitetos e arquitetas especialistas como ultrapassada, paliativa e anti-sustentável que agride o bairro e, se comparada à outras
alternativas, como por exemplo, a ampliação da capacidade das galerias, ações de educação ambiental, para que a população descarte os resíduos nos locais corretos.
O projeto da PPP dos Piscinões tramitou até o
presente momento sem o conhecimento da população do entorno, foi convocada uma
audiência pública na qual só havia um morador da Lapa e não por falta de
engajamento,
mas por falta de divulgação publicidade e sobretudo informação.
A audiência durou 20 minutos englobando a
apresentação do slide e perguntas do Sr. Rafael, professor de artes dramáticas.
O projeto está em consulta
pública somente até o dia 11/12 de 2019, data que não é de conhecimento da população.
Em 2014, após uma chuva forte no bairro Jardim
Maria Sampaio, um piscinão transbordou e causou estragos que alagaram ruas,
casas, comércios e provocaram desabamentos de muros e lajes, moradores perderam
todos os moveis e a subprefeitura não deu respostas.
Em 2019, após fortes inundações, o próprio
prefeito de São Bernardo reiterou que os 3 piscinões na região não resolveram o
problema "Na parte baixa tem piscinão na divisa de São Bernardo com
Diadema, outro atrás da fábrica da Ford e outro na frente da fábrica da
Mercedes-Benz.
Nenhum
deles comportou (…) Quando ate o piscinão transborda fica difícil controlar”,
lamentou Orlando Mourando. Em Fevereiro deste ano, moradores do ABC reclamaram
que em pouco tempo depois de concluído os piscinões viraram depósito de lixo
sem manutenção pelo poder público, o que acabou transformando-o em criadouros
de vetores de doenças. “Essa é uma água altamente contaminada e traz ainda
problemas, com doenças, como dengue e febre amarela.".
Analisou
o engenheiro e professor da Faeng Antonio Laércio Perecin (USP)
Como diz o especialista em drenagem urbana Aluísio
Canholi: “É uma alternativa eficaz nos casos em que a causa de você ter uma certa área de
inundação seja por excesso de volume, excesso de vazão. No entanto, eles podem
ser também aplicados em conjunto com outras soluções. Você pode, por exemplo,
aumentar as áreas verdes da cidade e, principalmente, preservar o que ainda
está de pé”.
Há muitos outros especialistas que criticam a
criação de piscinões e os apontam como ineficazes por um conjunto de fatores
como o acúmulo de lixo e entulho nas vias e galerias da cidade, a falta de
planejamento urbano, a desarticulação entre os órgãos responsáveis pela gestão
dos recursos hídricos, a contaminação da água por larvas de mosquitos que
transmitem doenças. "Eles (piscinões) são uma medida paliativa, lá não
chega só água, mas também sedimentos, lixo, a própria população deposita
detritos ali (o que tende a fazer o deposito transbordar e/ou exalar mau odor e
com isso cria problemas para a população que mora e trabalha no entorno). Assim, o reservatório fica atolado. Fora que
demandam tecnologias caras movidas por energia elétrica. Chove, cai uma árvore
e arrebenta um fio. Pronto, não tem eletricidade, e o mecanismo não funciona
direito" explica Filipe Marques Facetta, pesquisador da Seção de
Investigações, Riscos e Desastres naturais do IPT. Situação parecida aconteceu
também com piscinão no Jardim dos Eucaliptos, em Caieiras.
Em 2018, nem o maior piscinão na cidade, o de
Guaramiranga funcionou, acabou por transbordar; ao menos três pessoas morreras,
João Dória confirmou o mau funcionamento. Em Pirituba, o mesmo problema
constante. "Acontece que quando chove o piscinão transborda e todo o
esgoto vai para minha casa. Dois imóveis atrás da minha casa já foram
desocupados devido mau cheiro das fezes. As fezes estão se transformando em gás
metano nesse piscinão. Uma tragédia anunciada!" relatou a moradora. A Lapa
já tem um reservatório de retenção próximo ao cemitério da Lapa e outro a
caminho na Diógenes Ribeiro de Lima. Vale a pena devastar 3.000m² de área verde
de grande valor para os moradores a fim de implantar uma medida paliativa para
reduzir efeitos das enchentes sendo esta medida condenada por especialistas
como uma obra cara, que requer constante manutenção pela prefeitura(nem sempre
realizadas) e que não resolve o problema além de criar outros que envolvem o
bairro inteiro? Trocar uma área verde
valiosa para o convívio de quem mora aqui por uma escavação e pela tragédia
anunciada ao analisar casos dos piscinões já existentes em bairros onde os munícipes
sofrem com transbordamento que leva a sujeira e vetores de doença para a casa
das pessoas existe alguém que será beneficiado com isso a não ser as
empreiteiras contratadas para o serviço
Abaixo assinado em prol da Praça São Crispim
https://www.change.org/p/prefeitura-de-s%C3%A3o-paulo-impe%C3%A7a-a-devasta%C3%A7%C3%A3o-da-pra%C3%A7a-s%C3%A3o-crispim-para-a-escava%C3%A7%C3%A3o-do-piscin%C3%A3o-pela-prefeitura
Associação
Cultural Santa Companhia de Teatro
Associação
dos Moradores e Comerciantes da Praça São Crispim
Sampa - Associação dos
Moradorxs e Amigxs do Centro
Comunidade Brasil
Informações com Cristiane
Andreatta – ( 11)9 4995 7118 Rafael Abrãao (11) 9 73816691
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