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Voluntários que trabalharam e visitantes da Ação Afirmativa |
Pela valorização da individualidade dos dependentes químicos de álcool e drogas!
Pela participação de todas e todos nas políticas públicas que são de direito do cidadão brasileiro.
" Aquele Abraço "
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Café da manhã foi servido aos dependentes químicos (pão com queijo e presunto e chocolate quente) |
A
ilegalidade de algumas substâncias psicoativas marginaliza as pessoas e as
transforma em dependentes químicos alienados e marginalizados pelas práticas de
drogadição, em territórios da área central, espaços específicos, determinados
pelo venda e pelo uso continuo de álcool e drogas.
Esses
grupos são vítimas da criminalização das drogas, que fragiliza movimentos de
resistência contra projetos autoritários de reforma urbana. Esse é o caso da
região da Luz: que é Cracolândia, foi Boca do Lixo e quase se tornou Nova Luz.
Dependentes
químicos que frequentam a região da Luz, no centro de São Paulo, conhecida como
Cracolândia.
Despertar
no dependente químico de álcool e drogas que frequenta a Cracolândia, uma
reflexão sobre suas atuais condições de vida, comparando com a sua situação no
passado e projetando um futuro melhor, em parcerias com a rede de proteção de
saúde mental, assistência social e os serviços de saúde existentes no bairro.
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Apos o café da manhã alguns jogaram pingue-pongue e conversaram com os voluntários sobre sua condição de drogadição. |
· Diálogo
com os principais atores sociais da Cracolândia – 1º 2º e 3º Setores: Equipamentos
sociais existentes que são subutilizado pelos usuários de drogas, moradores e
comerciantes que rejeitam os usuários e os traficantes – para identificar suas
necessidades e
desejos de reinserção social.
· Promover
debate na cidade sobre a dependência química, a injustiça social e a influência
do capitalismo na precarização da vida.
·
Oferecer serviços diretos e indiretos aos dependentes químicos em
situação de rua. Por um lado, transferência de conhecimento através de oficinas
de formação e capacitação, e por outro facilitar o acesso a serviços públicos
que estarão disponíveis durante as oficinas.
· Elaborar
e exigir a implementação de políticas públicas que contemplem as demandas dos
usuários, sobretudo a de saúde integral.
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Atendimento dos dependentes químicos sobre direitos humanos e abordagem policial. |
Missão
do Programa
Melhorar
a qualidade do ambiente social e urbano, onde vivem os usuários de crack no
Centro de São Paulo, promovendo condições básicas de saúde e higiene, além de
estimular o sentimento de pertencimento à comunidade.
Combater
o estigma que marginaliza os dependentes químicos de álcool e drogas, que
frequentam a Cracolândia.
Fortalecer
a autonomia do oprimido, individual e coletiva dos usuários, em busca da sua
cidadania.
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A equipe da Inova distribuiu cartilhas e sensibilizou os morados da região sobre o descarte de resíduos |
Ações
afirmativas
Promover
atividades com os usuários de crack em duas tendas de 3x3
metros no espaço público onde costumam se reunir para usar a droga
coletivamente.
O
projeto Aquele Abraço acredita no trabalho em rede, para
proteção das minorias e para a concretização de suas ações positivas, e por
isso busca parcerias tanto em esferas governamentais como não governamentais.
As
oficinas sugeridas neste projeto são um desdobramento da relação de confiança e
parceria já estabelecida entre os integrantes do Aquele Abraço e
os frequentadores da cracolândia.
Pretende-se
nessa nova fase estabelecer um processo contínuo de apoio aos usuários,
oferecendo alternativas práticas para a transformação de suas vidas.
Outro
Olhar
Estamos
em busca de uma cidade que agrega e contempla todos e todas, com planejamento urbano
realista e que considera todos os frequentadores dos espaços, sejam cidadãos
comuns, profissionais do sexo, travestis, pessoas em situação de rua ou
vulnerabilidade social, usuários de drogas como indivíduos em situação de
vulnerável.
A
ideia é combater o estigma dos lugares identificados com espaços sujos e
desagregados, onde o uso de psicotrópicos, não preservar a autonomia dos
usuários, moradores de rua, não dando saída e políticas de acesso aos serviços
sociais e de saúde.
Acreditamos
que construindo um diálogo personalizado e qualificado com os frequentadores da
Cracolândia conseguiremos despertar o desejo de transformação de suas vidas e
identificar do que esses indivíduos precisam juntamente com eles, para seguir
um novo caminho e reconstruir-se.
Nova
tecnologia social
Entendemos
a “Cracolândia” como um espaço de “cidadania insurgente”, um lugar com
necessidades e questões específicas, que apresenta diversos panoramas: com
futuros possíveis contidos no presente, mas que com a participação de todos os
frequentadores podem mudar visivelmente o espaço urbano trabalhando diretamente
com os usuários (in loco).
A
função do programa Aquele Abraço é propor estratégias para
viabilizar ações afirmativas, e o melhor desses futuros, sempre respeitando o território
e a individualidade dos dependentes químicos, trazendo-os para ações positivas
de reconhecimento individual.
Acolhimento
diferenciado
Propomos
vivências de acolhimento e agregação, com práticas alternativas que acontecerão
no próprio território dos usuários. Através de oficinas socioeducativas,
oficinas terapêuticas para a valorização da autoestima, o resgate do
autocuidado e técnicas para a geração de renda, que pretendemos valorizar o ser
humano como protagonista da sua história.
Oficinas
a serem oferecidas aos usuários:
a)Direitos
do cidadão distribuição de cartilhas sobre os direitos dos cidadãos.
b) Consciência
corporal: corpo e mente – Psicólogos, e psiquiatras do Programa Amar e Dar
(projeto laico), que trabalham com portadores de transtornos psíquicos e usam
oficinas com materiais recicláveis
c)Reconhecimento
do território (produção coletiva de mapa/guia com os serviços disponíveis para
pessoas em situação de rua) – Assistentes sociais do Município.
d)Leitura
e escrita (alfabetização e elaboração de diários pessoais, com os alunos da
psicologia social da PUC-Sp
e) Geração
de renda: Reciclagem, fantasias e adereços, bijuteria e artesanato – Mocidade
Alegre
f) Artes
plásticas: pintura, desenho e grafite – com o coletivo do Teatro Faroeste.
g) Promoção
da autoestima através da beleza Casa dos espelhos (corte de cabelo, maquiagem,
manicure).
h) Oficina
terapêutica: “Vendem-se sintomas”. Quem são os dependentes químicos da região?
Quem
faz o Programa Aquele Abraço
Objetivos dos proponentes
Estimular
a comunidade a ter um olhar coletivo, estimular planejadores e gestores urbanos
a enxergar a cidade de dentro, com os olhos atentos as “cidadanias insurgentes”.
Idealizadores
e consultores
Coordenação
Maria Albertina Sampaio Galvão França – Assistente social, coordenadora executiva
da Ação da Cidadania, palestrante de oficinas de sensibilização e fundadora do
programa Aquele Abraço.
Assistente de coordenação
Felipe Villela de Miranda –
Arquiteto e urbanista (UFF). Estudou artes (EAV-Parque Lage) e Ciências Sociais
(UFRJ). Pesquisa o território psicotrópico do crack no centro
de São Paulo.
Coordenação Executiva das Ações, produção
Annabella Andrade –
Consultora em gestão social e ambiental, doutoranda da Puc-Sp e coordenadora do
Programa Transformando Sucata em Cidadania que trabalha com 684 catadores(as)
da área central, para implantar o programa de gestão de resíduos com ênfase na
Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Antonio Lancetti –
Psicanalista, autor de Clínica Peripatética (Editora Hucitec), foi secretário
de Ação Comunitária no município de Santos.
Arnaldo
Fonseca de Melo – Arquiteto, artista e doutorando em História e Fundamentos
da Arquitetura e do Urbanismo na FAU-USP com o tema Cidade e Saúde.
Paulo Faria – Diretor do grupo de teatro Pessoal
do Faroeste. Há dez anos na região da cracolândia, a companhia constrói a sua
dramaturgia a partir da realidade do
entorno.
Calendário
das ações afirmativas : sempre no ultimo fim de semana do mês.
Codigo de Ética
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes - autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais;
Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo;
Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de toda sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis sociais e políticos para todos;
Defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da participação política e da riqueza socialmente produzida;
Posicionamento em favor da eqüidade e justiça social, que assegure universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem como sua gestão democrática;
Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando o respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados e à discussão das diferenças;
Garantia do pluralismo, através do respeito às correntes profissionais democráticas existentes e suas expressões teóricas, e compromisso com o constante aprimoramento intelectual;
Opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma nova ordem societária, sem dominação, exploração de classe, etnia e gênero;
Articulação com os movimentos de outras categorias profissionais que partilhem dos princípios deste Código e com a luta geral pela cidadania;
Compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com o aprimoramento intelectual, na perspectiva da competência profissional;
Exercício do Serviço Social sem ser discriminado, nem discriminar, por questões de inserção de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, orientação sexual, idade e condição física.