Páginas

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Querem acabar com Praça São Crispim na Lapa ! Haverá um piscinão no local !





Por quê querem acabar com a 

Praça São Crispim na Lapa?

Uma das poucas áreas verdes da Lapa ! 


Piscinões promovem desvalorização da área, interrupção do tecido urbano, desvios da malha viária e ainda preocupam a população do entorno, com as mazelas sanitárias decorrentes do acúmulo de água parada, por grandes períodos de tempo, a falta de manutenção.
Os piscinões são apenas uma das possibilidades de se conter parcialmente as torrentes de água, os alagamentos e eles 
funcionam melhor em áreas de várzea, de  inundação, 
como as que acontecem na Rua Guaicurus por exemplo, o que não é o caso da Praça São Crispim na Lapa.



Por quê nossa cidade é tão impermealizada?

Considerando que a cidade de São Paulo está impermeabilizada, sofrendo enchentes, sobretudo agora na época da primavera/verão, quando o aumento das chuvas é intenso.
 Por que construir mais piscinões, se estão ultrapassados e temos pesquisas acadêmicas que comprovam sua ineficiência  !

Por que temos tantas enchentes ?

Considerando que a água não tem vazão e as galerias estão cheias de lixo, por falta de uma política afirmativa de educação ambiental, inter e transdisciplinar, para que os resíduos tenham uma destinação e descarte correto, e não entupam galerias;





Por que tem tanto lixo nas galerias ?

Pedimos que possamos dialogar e propor ações afirmativas em conjunto com as empresas que venceram as outorgas onerosas;





Precisamos dialogar !

            Vamos apresentar proposituras sobre drenagem dos arquitetos e arquitetas.
Desejamos que o nosso bairro seja permeável, que absorva as águas torrenciais das chuvas, e pedimos que a Prefeitura nos ouça, sobretudo escute os arquitetos da Escola da Cidade, que são capacitados, competentes para mostrar outras possibilidades e   mostrar um projeto compatível com o nosso bairro 
Queremos conhecer o cronograma, os impactos e sobretudo temos direito de expressar as nossas vontades!
Queremos ser ouvidos!
 Somos a população e temos propostas qualificadas de arquitetos e arquitetas sobre drenagem, que causaram menos impacto nas áreas dos piscinões;





Outorgas onerosas, Parcerias Público Privadas são bons para quem? 

   A Prefeitura lançou uma Parceria Publico Privada,  para a construção de 5 piscinões em áreas verdes, praças, da cidade. Uma delas é a praça São Crispim na Lapa, localizada entre a R. Tito e a Av. Ricardo Medina Filho. 
No projeto, haverá a concessão da praça para uma empresa privada por um período de 33 anos.

Piscinões são ultrapassadas !

Um piscinão equivale à destruição de 3 mil metros quadrados de área verde, e para sua construção é necessário que toda a praça seja destruída. E o que virá no lugar? A exemplo do piscinão do Pacaembu ou do da Av. Pompéia X Av. Francisco Matarazzo, uma área asfaltada ou com uma plantação que certamente nem se compara com a original.

A praça São Crispim engloba duas praças, dois ponto de ônibus, rua, playground, entorno residencial em um ambiente recreativo para os moradores da região e há uma seringueira e outras árvores que certamente não terão mais espaço para viver e nem serão recolocadas.

  A empresa terá de se comprometer a colocar uma guarita de vigilância (além de câmeras) para vistoriar quem vai entrar na “praça” que haverá em cima do piscinão (assim como no piscinão da Pompéia). 
O que temos aqui é uma obra que é considerada por muitos cidadãos e cidadãs, arquitetos e arquitetas especialistas como ultrapassada, paliativa e anti-sustentável  que agride o bairro e, se comparada à outras alternativas, como por exemplo, a ampliação da capacidade das galerias, ações de educação ambiental, para que a população descarte os resíduos nos locais corretos. 

O projeto da PPP dos Piscinões tramitou até o presente momento sem o conhecimento da população do entorno,  foi convocada uma audiência pública na qual só havia um morador da Lapa e não por falta de engajamento,
 mas por falta de divulgação publicidade e sobretudo informação.

  A audiência durou 20 minutos englobando a apresentação do slide e perguntas do Sr. Rafael, professor de artes dramáticas.
 O projeto está em consulta pública somente até o dia 11/12 de 2019, data que não é de conhecimento da população.

Em 2014, após uma chuva forte no bairro Jardim Maria Sampaio, um piscinão transbordou e causou estragos que alagaram ruas, casas, comércios e provocaram desabamentos de muros e lajes, moradores perderam todos os moveis e a subprefeitura não deu respostas.

Em 2019, após fortes inundações, o próprio prefeito de São Bernardo reiterou que os 3 piscinões na região não resolveram o problema "Na parte baixa tem piscinão na divisa de São Bernardo com Diadema, outro atrás da fábrica da Ford e outro na frente da fábrica da Mercedes-Benz.

Nenhum deles comportou (…) Quando ate o piscinão transborda fica difícil controlar”, lamentou Orlando Mourando. Em Fevereiro deste ano, moradores do ABC reclamaram que em pouco tempo depois de concluído os piscinões viraram depósito de lixo sem manutenção pelo poder público, o que acabou transformando-o em criadouros de vetores de doenças. “Essa é uma água altamente contaminada e traz ainda problemas, com doenças, como dengue e febre amarela.".

Analisou o engenheiro e professor da Faeng Antonio Laércio Perecin (USP)
Como diz o especialista em drenagem urbana Aluísio Canholi: “É uma alternativa eficaz nos casos    em que a causa de você ter uma certa área de inundação seja por excesso de volume, excesso de vazão. No entanto, eles podem ser também aplicados em conjunto com outras soluções. Você pode, por exemplo, aumentar as áreas verdes da cidade e, principalmente, preservar o que ainda está de pé”.

Há muitos outros especialistas que criticam a criação de piscinões e os apontam como ineficazes por um conjunto de fatores como o acúmulo de lixo e entulho nas vias e galerias da cidade, a falta de planejamento urbano, a desarticulação entre os órgãos responsáveis pela gestão dos recursos hídricos, a contaminação da água por larvas de mosquitos que transmitem doenças. "Eles (piscinões) são uma medida paliativa, lá não chega só água, mas também sedimentos, lixo, a própria população deposita detritos ali (o que tende a fazer o deposito transbordar e/ou exalar mau odor e com isso cria problemas para a população que mora e trabalha no entorno). Assim, o reservatório fica atolado. Fora que demandam tecnologias caras movidas por energia elétrica. Chove, cai uma árvore e arrebenta um fio. Pronto, não tem eletricidade, e o mecanismo não funciona direito" explica Filipe Marques Facetta, pesquisador da Seção de Investigações, Riscos e Desastres naturais do IPT. Situação parecida aconteceu também com piscinão no Jardim dos Eucaliptos, em Caieiras.

Em 2018, nem o maior piscinão na cidade, o de Guaramiranga funcionou, acabou por transbordar; ao menos três pessoas morreras, João Dória confirmou o mau funcionamento. Em Pirituba, o mesmo problema constante. "Acontece que quando chove o piscinão transborda e todo o esgoto vai para minha casa. Dois imóveis atrás da minha casa já foram desocupados devido mau cheiro das fezes. As fezes estão se transformando em gás metano nesse piscinão. Uma tragédia anunciada!" relatou a moradora. A Lapa já tem um reservatório de retenção próximo ao cemitério da Lapa e outro a caminho na Diógenes Ribeiro de Lima. Vale a pena devastar 3.000m² de área verde de grande valor para os moradores a fim de implantar uma medida paliativa para reduzir efeitos das enchentes sendo esta medida condenada por especialistas como uma obra cara, que requer constante manutenção pela prefeitura(nem sempre realizadas) e que não resolve o problema além de criar outros que envolvem o bairro inteiro? Trocar uma área verde valiosa para o convívio de quem mora aqui por uma escavação e pela tragédia anunciada ao analisar casos dos piscinões já existentes em bairros onde os munícipes sofrem com transbordamento que leva a sujeira e vetores de doença para a casa das pessoas existe alguém que será beneficiado com isso a não ser as empreiteiras contratadas para o serviço






Sem luta não há vitória !

Associação Cultural Santa Companhia de Teatro
Associação dos Moradores e Comerciantes da Praça São Crispim
Sampa - Associação dos Moradorxs e Amigxs do Centro
Comunidade Brasil


Informações com Cristiane Andreatta – ( 11)9 4995 7118 Rafael Abrãao (11) 9 73816691

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...